quinta-feira, 2 de julho de 2009

Diploma não torna alguém um jornalista

O jornalista norte-americano Gay Talese, do alto de seus 77 anos, já se debruçou com sucesso sobre a difícil tarefa de contar a trajetória do “New York Times”, conseguiu transformar um simples resfriado de Frank Sinatra no perfil mais conhecido e clássico do cantor e é considerado, apesar de suas resistências, um dos pais do “new journalism”, gênero surgido nos anos 60 em que a reportagem mais se aproximou da literatura. Mas Talese segue curioso pelo que o mundo descortina a cada dia e disposto a viajar até o Brasil só para falar de suas experiências.
Para ele, um diploma não torna você um jornalista. "Fiquei sabendo da decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro e é uma decisão provavelmente certa. O que faz alguém um jornalista e, mais do que isso, um profissional necessário, é ter posse de informações que vão influenciar as escolhas dos cidadãos de um país. E isso é conseguido através de informação precisa, que ouça todos os lados e seja objetiva. Quando se vai além da informação óbvia. Algo que dê profundidade, que dê perspectiva. Se o jornalismo deixa de lado a tarefa de fazer um trabalho realmente notável então ele se torna dispensável. Neste momento, o jornalismo precisa definir o que fará para se diferenciar de qualquer um que tenha tecnologia à disposição" disse.

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