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Além do café, que agora custa 75 centavos a xícara, cortaram o subsídio à refeição e reduziram drasticamente o percentual de reajustes salariais para a média chefia”, diz um exanalista de hardware da empresa, demitido junto com outros de seu departamento entre março e abril deste ano. A empresa, que diz não estar em crise, justifi ca o corte do café como um ato corriqueiro de ajustes de gestão e nega demissões em massa.
“Todo ano avaliamos se determinadas práticas se fazem necessárias. Achamos que o café pode ser pago, assim como se paga quando vai tomá-lo na padaria”, diz Osvaldo Nascimento, diretor de recursos humanos da IBM Brasil. “As pessoas fi caram chateadas, pois o café era um momento de aliviar a tensão do dia a dia, de conversar”, diz um consultor da empresa.
Uma pesquisa feita pela consultoria Robert Half mostrou que a pausa para o cafezinho é um momento para relaxar (para 55% dos entrevistados), mas também de integração (41%). Na realidade, cortar o café (dentre outros mimos) é a típica situação que pode se voltar contra a empresa.“
Uma pesquisa feita pela consultoria Robert Half mostrou que a pausa para o cafezinho é um momento para relaxar (para 55% dos entrevistados), mas também de integração (41%). Na realidade, cortar o café (dentre outros mimos) é a típica situação que pode se voltar contra a empresa.“
A repercussão é quase sempre negativa e pode provocar sabotagens dos funcionários”, diz Cristiane Gonçalves, gerente de gestão de recursos humanos da KPMG. A especialista lembra do caso de uma empresa do setor de serviços que, recentemente, tirou o celular de supervisores e gerentes e teve de voltar atrás. “A repercussão foi tão ruim que os gerentes se recusaram a atender os chefes fora do horário do expediente de trabalho. A companhia recuou em seguida.”
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